Descrição

Três histórias relativamente compridas e uma história curta sobre diferentes tipos de solidão: Cidade das Festas, ou a solidão do amor impossível; O Sentinela dos Recifes, ou a solidão da lucidez; A quarta viagem do Capitão Cook, ou a solidão da ambição; e As sete mortes do Homem que Anda, ou a solidão da liberdade. Em Cidade das Festas, um inesperado e pouco claro convite de aniversário enviado por Emmannuella de Boer, sua grande paixão da adolescência, leva o personagem principal até a Cidade das Festas, onde tudo é possível, mas nada é real. Em meio a ambientes inusitados, guiado por um solícito e onipresente garçom, nosso frustrado amante tenta encontrar sua musa esquiva e finalmente consegue. Mas não é como ele desejava. O Sentinela dos Recifes se passa em Nuestra Señora de los Dolores, uma ilha desconhecida do Caribe. Cenário do naufrágio do galeão espanhol que lhe cedeu o nome, carregado de um imenso tesouro em ouro e pedras preciosas astecas, a ilha foi esconderijo de piratas, refúgio de perseguidos de toda espécie, possessão inglesa e finalmente esquecida do mundo, com sua população de desvalidos permanecendo isolada por mais de duzentos anos. É lá que o Sentinela dos Recifes, um diplomata aposentado, decide passar o resto de seus dias, entre longas contemplações nos recifes que cercam a ilha e visitas regulares ao bar do Ur. Essa rotina é quebrada quando aparece um rico casal de visitantes do mundo exterior, que se encanta com o lugar e resolve estabelecer lá uma de suas residências. A quarta viagem do Capitão Cook conta uma parte desconhecida da vida do capitão James Cook, um dos maiores nomes da marinha inglesa. Cook realizou três viagens de exploração do Pacífico Sul que marcaram a história do mundo, mapeando grande parte do maior oceano do planeta e trazendo aos europeus os primeiros registros dos povos que o habitavam. Oficialmente, capitão Cook morreu em um confronto com nativos havaianos, mas a descoberta de um baú enterrado no gelo do Alasca, com diários escritos pelo capitão, revela que ele sobreviveu ao ataque. Ajudado por Kata, uma fijiana forte e aventureira, e mais quatro jovens, duas moças e dois rapazes havaianos, tenta voltar, sem sucesso, à Inglaterra em uma difícil viagem pelo norte gelado do continente americano. As sete mortes do Homem que Anda é uma pequena fantasia inspirada na estátua chamada O Homem que Anda, do escultor francês Auguste Rodin. Envaidecida pela admiração de todos que a contemplam, a obra de bronze decide um dia fazer jus a seu nome e andar. Mas, ao entrar no mundo humano, ela descobre que a liberdade tem um preço.